Reconhecimento de paternidade socioafetiva post mortem

Reconhecimento de paternidade socioafetiva post mortem

O juízo da Vara Única da Comarca de Piratininga/SP determinou o reconhecimento da paternidade socioafetiva post mortem a duas mulheres e, por consequência, o direito a herança.

Explica-se

O Senhor era casado com a mãe das mulheres desde quando elas tinham 8  e 13 anos, perdurando num vinculo afetivo de 36 anos, comprovado através de fotos, documentos e provas testemunhais.

Segue trecho da decisão:

“O conjunto probatório oferece segurança para concluir que realmente os laços criados durante o casamento da mãe eram sólidos e houve a continuidade do relacionamento após o óbito dela, com a assistência a ele, pai afetivo, com a mesma dedicação tempo, carinho e cuidados necessários até o fim de sua vida.”

O juízo garantiu que as mulheres incluíssem no registro de nascimento o nome dele e por consequência, o direito a herança.

Vale ressaltar, ainda, que ele não tinha filhos biológicos e, as irmãs dele solicitaram todas as senhas e cartões de banco, inclusive, lavraram escritura publica.

Por fim, o juízo deu procedência total a demanda, declarando a paternidade socioafetiva, a nulidade da escritura publica do inventário e refazendo a partilha de bens, garantindo também às filhas o direito à herança deixada por ele.

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Rafaela
Sou uma canceriana que pouco chora e muito se emociona, sou feminista. Escuto do funk ao chorinho. Sou cinéfila, amo filmes de heróis e romances. Amo ler sobre autoconhecimento, o eu feminino e biografias de grandes nomes. Sou Advogada há quase 8 (oito) anos especialista em Direito das famílias, terapeuta sistêmica há quase 5 (cinco) anos e entendo que as questões familiares podem ser vistas e solucionadas sem maiores prejuízos.
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